terça-feira, 5 de abril de 2011

LEIAM TUDO POR FAVOR! É POR UMA CAUSASOCIAL.
O despertador tocou no mesmo horário de sempre, com os olhos ainda eclipsados, apoiou seus pés no chão, seguindo o mesmo ritual, primeiro o pé direito para que o dia não apresentasse lá grandes surpresas indesejáveis. Colocou as mesmas roupas de sempre, seu jeans rasgado, seu all star já bem usado, sua camisa da escola e muitos agasalhos para protegê-lo do frio de menos alguns graus do lado de fora. Ele desceu as escadas, com a mochila pesando em suas costas, como se não tivesse nenhum compromisso nas próximas horas. Desceu cada degrau vagarosamente, respirando fundo, tentando preparar-se psicológicamente para mais um dia de angústias, piadinhas sem graça e muita dor na escola. Ele saiu de casa exatamente às sete horas, como de costume, deveria estar na escola às oito. Para chegar até lá deveria pegar algumas conduções. Chegou exatamente às sete e quarenta e cinco, sentou-se à beira da fonte que havia em frente à escola. A todo momento colegas de classe passavam fazendo piadinhas sobre seu cabelo, suas roupas e até mesmo de sua situação naquele momento, ele estava sozinho. Já havia acostumado-se a cada palavra dita, os agressores não costumavam machucá-lo fisicamente, mas ele mesmo dava-se ao trabalho de se ferir. Todo dia ao chegar à sua casa, lâminas dançavam sobre seus pulsos como se implorassem por seu sangue escorrendo por cada milímetro de sua pele. Ali, naqueles cortes, naquelas feridas ele externava todas as feridas que seu coração guardava, ali ele deixava as marcas de uma dor insuportável, de algo que ele só lamentava de ter de fazer, só assim ele sentia-se melhor. Infelizmente, certo dia, essas lâminas não resolveram só dançar como também correr, pular, tremer, deslizar, sem escrúpulos sobre seus pulsos, o sangue escorreu demais, seu coração não podia suportar a falta de suprimento, a morte havia chegado, era o fim de uma vida cheia de oportunidades.
Esse foi um caso criado por mim, mas é assim que muitos jovens se livram da dor, NÃO AO BULLYING, NÃO À AGRESSÃO VERBAL, PREZE A LIBERDADE DE CADA UM, TODOS TEMOS DIREITO DE SERMOS FELIZES.
Texto escrito por Dan Martins.

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